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A Ética que os pós-modernos não engolem mais - Uma proposta de Abordagem à Ética Cristã para a Pós-

  • Joel Lopes
  • Oct 12, 2017
  • 12 min read

RESUMO

Muitos cristãos vivem uma ética legalista e fundamentalista, separada de uma compreensão e vivência da essência da ética cristã, o amor. Nos tempos atuais de relativismo e oposição a absolutos urge uma compreensão de que a ética e a moral do ser humano deve vir de um Deus Triúno que em essência é amor, deve existir a noção de que toda a ação divina na História flui do facto de Deus ser amor (incluindo a sua justiça e ira), e portanto a ética cristã não se trata apenas de leis que foram e devem ser impostas de forma fria (talvez isso resultasse na modernidade), mas são leis que procedem do Amor divino e procuram promover esse mesmo amor, dirigido tanto a Deus como ao próximo.

PALAVRAS-CHAVE

Ética Cristã, Trindade, Amor, Pós-Modernidade, Agostinho

INTRODUÇÃO

O cristão ocidental do século XXI depara-se com desafios próprios da sua era. O coração do homem é o mesmo, a inclinação ao pecado é a mesma, mas os contextos vão mudando. Para diferentes contextos certas abordagens tornam-se obsoletas. Sim, todo o pecador desde Adão e Eva até à Segunda Vinda de Cristo necessita arrepender-se dos seus pecados e ter fé. Não se pretende aqui propor um pacote de uma mensagem nova e relevante para o homem do século XXI, a mensagem é a mesma que a pregada pelos Apóstolos. Ao mesmo tempo, saber ler os tempos pode e será uma mais valia para a abordagem ao homem pós-moderno, o qual não engole mais propostas de absolutos.

Vemos os valores morais de há 100 anos atrás escorrerem pelas ruas abaixo tornando-se relativos à avaliação de cada um, onde a palavra do dia é a “tolerância” à forma de pensar de cada um e o modus operandi é o politicamente correto, uma vez que já não existe mais uma verdade, mas várias verdades, onde o que é certo para um é errado para outro mas está tudo bem porque ambos estão certos e tudo correrá tranquilamente desde que cada um respeite o espaço do outro e não afirme que o outro está errado. O cristão que procura de facto seguir as Escrituras logo se encontrará entre a espada e a parede, porque a sua Cosmovisão é toda ela recheada de absolutos, ele crê que a Palavra é a Verdade, que há um só Deus, um só caminho para Deus, uma só ética estabelecida pelo único Deus verdadeiro. Crer, viver e proclamar estes absolutos no mundo de hoje é viver como um extraterrestre, mas Jesus disse logo que seria assim: “Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas o mundo vos odeia porque não sois do mundo; pelo contrário, eu vos escolhi do mundo.” (Jo 15.19). O cristão é um peregrino neste mundo, aguarda chegar à sua pátria celestial.

No entanto, continua a ser missão do discípulo de Cristo proclamar as Boas Novas, levar aos que o rodeiam a mensagem de salvação em Cristo Jesus, é missão do cristão proclamar e viver segundo os padrões éticos e morais da Bíblia, independentemente da cosmovisão da sociedade em que se encontre, é missão dos pastores e mestres da igreja de Cristo anunciar todo o conselho de Deus semanalmente às ovelhas que são expostas diariamente às influências dos valores e padrões pós-modernos. Todas estas responsabilidades sempre foram um desafio e sempre serão até Cristo voltar, mas os desafios terão nuances diferentes consoante os contextos sociais e culturais. Neste sentido propõe-se uma abordagem à ética cristã para a pós-modernidade com uma ênfase diferente, que abordaremos de forma introdutória neste ensaio.

Numa primeira parte dar-se-á uma definição breve de Ética e de Ética Cristã. No ponto dois abordar-se-á a má compreensão face à Ética Cristã que, de forma generalizada, existe na atualidade. No terceiro ponto elaborar-se-á o conceito da Ética do Amor com algumas ênfases concretas como proposta para a abordagem à Ética Cristã na pós-modernidade.

1. Ética Cristã

Importa primeiramente definir sucintamente ética e ética cristã. John Murray, citado por J.D. Douglas (1981), escreve:

“O termo ética se deriva do vocábulo grego ethos ou ēthos. A palavra ‘maneiras’ é usada para denotar conduta ou prática; esse uso corresponde ao significado do termo grego em 1Co15.33, ‘bons costu-mes’ (ēthē chrēsta). A ética se refere, portanto, à maneira de vida ou de conduta. No Novo Testa-mento o termo usado para denotar a maneira de vida é, mais caracteristicamente, anastrophē, e seu verbo correspondente (cf. 2Pe 3.11). A ética bíblica diz respeito à maneira de vida que a Bíblia pres-creve e aprova.”1

Já Norman Geisler (2010) refere que a ética considera o que é moralmente correto ou errado e a ética cristã considera o que é moralmente certo ou errado para os cristãos. Assim, a conduta esperada de cada um é definida pelas Escrituras, a revelação de Deus. Neste sentido “um dever ético é algo que nós temos de fazer; é uma prescrição divina.”2 A ética cristã é então prescritiva, foi estabelecida por um legislador moral, Deus, porque toda a lei moral requer um legislador moral, aquele que define as “regras do jogo”.

É exatamente isso que torna a ética cristã absoluta e não relativa, ela é estabelecida por Deus e revelada principalmente pela Bíblia. A partir do momento em que se retira Deus da equação, retira-se o legislador e esse papel é atribuído a outrem, porque há sempre uma forma de conduta que o indivíduo adota. Há sempre normas que norteiam a conduta de uma pessoa ou grupos de pessoas e “essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.”3 A consequência de se tirar o papel legislador das mãos de Deus é a relativização das leis morais, pois estas passam a ser definidas por pessoas que conseguem ter maior poder ou influência naqueles que os rodeiam, havendo não poucas vezes, concorrência nas corridas aos lugares de influência e assim encontramos embates de diferentes padrões éticos, limitando-se as pessoas a escolherem o que lhes é mais útil para determinado momento.

Todas as pessoas têm um padrão de conduta, todos têm uma ética estabelecida, a qual vai definir as decisões tomadas no dia-a-dia. Essa ética é formada a partir da forma como a pessoa vê o mundo, ou seja a sua cosmovisão. É nesse sentido que o cristão, que deve seguir uma cosmovisão bíblica, se pauta pelos princípios das Escrituras, a partir dos quais toma decisões.4

2. Má compreensão da Ética Cristã

Mas a ética cristã passa a ser mal compreendida a partir do momento em que é tida em termos apenas de ação externa. Quando assim é está-se diante do legalismo, o qual Jesus combateu fortemente durante o seu ministério terreno e que tem caracterizado uma boa parte das igrejas do último século.

É essa abordagem à ética que é dificilmente engolida pelo homem pós-moderno, o qual se prende bastante à experiência pessoal e dificilmente aceita o que é externamente padronizado e imposto. Se antes se valorizavam as hierarquias e o cumprimento de ordens mesmo que não se soubessem ou se entendessem plenamente os motivos das ordens, hoje o mesmo não acontece. Cada um quer ter uma experiência pessoal com o assunto em questão, para poder ter uma opinião própria e então tomar a melhor decisão consoante o que é melhor para si mesmo. O conceito de autoridade diluiu-se e todos se assumiram como autoridades de si mesmos. Uma amostra onde se percebe claramente esse fenómeno é nas redes sociais, em relação à forma como a informação é produzida e recebida.

Assim, a partir do momento em que a ética cristã se apresente, ainda que inconscientemente, como uma lista de regras e de prescrições do que é moralmente certo ou errado, habilita-se a não penetrar no solo pós-moderno, tanto do incrédulo, como até do cristão que é influenciado pela sociedade em que vive. Naturalmente que o Espírito Santo habita no coração do cristão e fará a sua obra de transformação da mente e a consequente transformação de decisões e acções, mas isso não invalida que haja por parte de quem ensina e expõe as Escrituras uma abordagem que facilite o desenvolvimento de uma vida de santidade.

3. A Ética do Amor

A forma como a mensagem é apresentada tem muito peso na compreensão e recepção da mesma. Como já mencionámos as normas de conduta têm sempre por trás uma autoridade, no caso da ética cristã é Deus, que está revelado na Bíblia. A aceitação dessa autoridade prende-se com a compreensão da identidade de quem é apresentado como sendo autoridade. Muito do legalismo nasce de um conceito equivocado de Deus, razão também pela qual a abordagem à ética cristã para a pós-modernidade não funciona.

O que se pretende aqui não é trazer algo de novo, mas destacar-se algo que se crê ser fundamental e está no cerne de uma vida cristã saudável seja agora, seja há 2.000 anos atrás. A Ética Cristã é a Ética do Amor porque Deus é Amor.

A Ética Cristã foi resumida por Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.” (Mt 22.37-40). Toda a conduta do homem se deve resumir em amar a Deus e amar ao próximo como a si mesmo.

Este discurso apresentado apenas desta forma seria, erradamente, aceite por qualquer um. Passar uma noção simplista do que implica amar a Deus e ao próximo seria ir ao encontro do que está dentro do conceito de “amor” do politicamente correto apregoado pela sociedade ocidental do século XXI.

Mas apresentar um sistema ético que vem da imitação do caráter de Deus, o qual é Amor (1 Jo 4.16), é apresentar um sistema ético baseado no amor que possivelmente facilitará a sua compreensão no meio do homem pós-moderno.

O Deus revelado pelas Escrituras é apresentado como sendo Amor e como agindo na História em Amor. É parte de Deus ser amor (Jo 4.16). Agostinho trabalha muito bem o conceito do amor de Deus em sua obra “A Trindade”. Para existir amor é necessário existir o amante (o agente) e o amado (o objeto do amor). Deus Pai desde toda a eternidade ama o Filho, o Filho, eternamente gerado pelo Pai, ama o Pai desde toda a eternidade, o Espírito que é o Espírito do Pai e o Espírito do Filho é a “Caridade suprema que une as duas outras pessoas.”5

Deus é Triúno, Pai, Filho e Espírito Santo, e se Deus é Amor então Pai, Filho e Espírito são amor. No entanto, Agostinho vai aplicar o termo amor (ou caridade) “ao Espírito Santo, ainda que em sentido geral, o Pai e o Filho sejam também caridade.”6

“Ao passo que para encontrarmos palavras em que o Espírito Santo seja denominado caridade, só se investigarmos em profundidade os escritos de João. Este depois de dizer: Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor é de Deus, acrescentou em seguida: E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conheceu a Deus, porque Deus é Amor (1 Jo 4.7,8). Esclareceu aí que o mesmo amor é Deus. É Deus e vem de Deus. Portanto, o amor é Deus de Deus. Mas como o Filho nasceu de Deus e o Espírito Santo procede de Deus Pai, fica a pergunta razoável: a qual deles deveremos referir de preferência a afirmação: Deus é Amor? O Pai certamente é Deus, mas não Deus de Deus. Portanto, esse amor que é Deus de Deus será o Filho ou o Espírito Santo. Entretanto nos versículos seguintes, o apóstolo João depois de se referir de novo ao amor de Deus, não ao amor pelo qual nós o amamos, mas aquele com o qual ele nos amou e enviou-nos o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados, e de nos ter exortado ao amor mútuo, para que Deus permaneça em nós, pois, dissera que Deus é Amor, logo em seguida diz, procurando deixar bem claro o seu pensamento: Nisto reconhecemos que permanecemos nele e ele em nós: ele nos deu o seu Espírito. Assim é o Espírito Santo, o qual nos deu, que faz com que permaneçamos em Deus e Deus em nós, e isso é obra do amor. Pode-se concluir, então, que o Espírito é o Deus-Amor.”7

Tudo o que Deus faz é baseado em sua essência, em quem Ele é. Sendo Deus Amor age em Amor também. O Espírito de Deus age na História refletindo quem é: o Deus-Amor. A Criação foi um ato de Amor, Deus criou o homem por amor, para que o homem desfrutasse de um relacionamento de amor com Deus. Esse relacionamento de amor é bem colocado na resposta à primeira questão do Breve Catecismo de Westminster: glorificar a Deus e desfrutar dele para sempre. A razão pela qual o homem veio à existência foi para amar a Deus, dar-lhe glória, desfrutar dele, é aí que é encontrada a verdadeira vida, a felicidade e alegria humana.

O oposto também é verdade, a morte, o vazio, a infelicidade e a tristeza são encontradas no desvio do amor a Deus para o amor a si mesmo8, o que aconteceu no Éden quando Adão e Eva quiseram ser como Deus e deram ouvidos à serpente. Assim, o pecado é todo o desvio do amor a Deus, que consequentemente, também fará cair o amor ao próximo.

Exatamente por ser amor, Deus não pode tolerar o que é contrário ao amor, tendo a humanidade se afastado do amor, Deus teve de expulsá-la da sua presença. Mas o amor de Deus pelo homem não parou no Éden. Deus chamou um homem para a partir dele demonstrar amor a todas as famílias da terra, desse homem depois levantou uma nação, Israel, para a partir dela atrair as nações da terra através do exemplo. Esse exemplo que deveriam dar estava contido na Lei, nos Dez Mandamentos, os quais refletem o caráter perfeito, bom, santo, justo e amoroso de Deus. Dessa nação viria o Messias, o próprio Deus que por amor encarnou: “O amor de Deus para connosco manifestou-se no fato de Deus ter enviado seu Filho unigénito ao mundo para que vivamos por meio dele.” (1 Jo 4.9).

Deus, pelo Espírito de Amor, concede fé ao pecador para crer no sacrifício de Cristo como único e suficiente para a sua salvação. A partir desse momento “(…) o Espírito Santo, que procede de deus, quando é outorgado ao homem, inflama-o de amor por Deus e pelo próximo, sendo ele mesmo o Amor.”9

Assim o caráter de Deus vai sendo aperfeiçoado no homem, a imagem de Deus está a ser restaurada, o cristão encontra-se num processo de conformação à imagem de Jesus, que tem o seu culminar quando estiver finalmente na presença de Deus, onde amará a Deus e ao próximo sem quaisquer desvios.

A Ética Cristã, que tem por base o caráter do Deus Triúno, começa no ser e transborda para o fazer, começa numa transformação ontológica, começa numa maneira renovada de pensar que se materializa em decisões e ações no dia-a-dia. O amor a Deus e ao próximo materializam-se, por exemplo, nos Dez Mandamentos, onde o agente lida com o objeto com amor sacrificial, servil e voluntário, em primeiro lugar a Deus e em segundo lugar ao próximo, estando sempre os dois interligados, não havendo um sem o outro: “Pois quem não ama seu irmão, a quem viu, não pode amar a Deus, a quem não viu.” (1 Jo 4.20). Há amor quando se respeita a propriedade do próximo, quando não se desrespeita pai e mãe, já o egoísmo se evidencia em negligenciar ou maltratar o próximo em favor de si mesmo. Quem ama não se ira insultando o próximo (Mt 5.21-26), não faz do outro um objeto de satisfação sexual (Mt 5.27-32), não age em vingança (Mt 5.38-41), dá generosamente aos pobres (2 Co 8.1-15), e a lista podia continuar. Só começa a amar assim em quem foi derramado o Espírito Santo: “o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5.5).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Ética Cristã é a Ética do Amor porque Deus é Amor. Deus que é Amor habita no coração do cristão e assim conduzi-lo-á a agir em amor a Deus e em amor ao próximo. O Espírito fará isto através das Escrituras, onde está manifestado o caráter ético de Deus, a Lei de Deus, que inclui os Dez Mandamentos, a vida e ensinos de Jesus, as vidas e ensinos dos apóstolos, transformando a mente e o coração do salvo. A vivência da Ética cristã começa então no coração, desejos, vontades, motivações e atitudes transformadas, não é apenas a vivência de um conjunto de regras externas.

Fazer uma abordagem à Ética Cristã a partir do caráter amoroso do Deus Triúno e da acção de Deus na História aliada à transformação ontológica que acontece no homem que se rende a Cristo além de ser uma abordagem menos superficial do assunto é conseguir comunicar o verdadeiro significado da Ética Cristã numa sociedade pós-moderna que valoriza a experiência pessoal. Nesta abordagem não há uma imposição fria de uma lista de normas, há uma História real de um Deus que é Amor, e que por ser amor não pode permitir o oposto do que é amor (o pecado), por ser amor arranjou forma de trazer de volta o homem ao relacionamento de amor do qual o homem caiu e de fazer o homem perdoado crescer nesse relacionamento de amor com o próprio Deus e com o próximo por toda a eternidade. O testemunho de vida que reflita a ética cristã e que comunique os fundamentos dessa ética, segundo os moldes que aqui propomos, estará mais contextualizado na sociedade ocidental pós-moderna. Não quer dizer que será aceite, mas será melhor compreendida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. DOUGLAS, J. D. (ed.), Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1981, pp. 559-563

2. GEISLER, Norman. Ética Cristã: opções e questões contemporâneas. São Paulo: Vida Nova, 2010, p. 17

3. SOUZA DE MATOS, Alderi. Introdução às Bases Bíblicas da Ética Cristã. n.d., p. 1

4. THEODORO, Joel. Será que praticamos mesmo as Escrituras? Material de aula de Mestrado, 2017, p. 2

5. AGOSTINHO. A Trindade. São Paulo: Paulus, 1995: p. 244

6. Id. p. 526

7. Id. p. 527

8. Que na verdade não é amor a si mesmo, mas sim ódio a si mesmo. Agostinho trabalha esta ideia: “Quem sabe se amar a si mesmo, ama a Deus. Quem porém, não ama a Deus, mesmo que se ame - o que lhe é natural -, pode-se dizer com razão, que se odeia. Pois, como se fosse o seu próprio inimigo, faz o que lhe é adverso e persegue-se a si mesmo. É uma aberração que, ao quererem favorecer a si mesmos, muitos pratiquem somente o que lhes é sumamente nocivo.” AGOSTINHO. A Trindade. Paulus: 1995, p. 464

9. Id. p. 527

 
 
 

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