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Os Limites da Liberdade

  • John MacArthur
  • Jul 27, 2015
  • 4 min read

As Escrituras são claras e compreensíveis, mas não são exaustivas. Ao longo da história da igreja, os crentes depararam-se com vários assuntos sobre os quais a Palavra de Deus responde com silêncio. Enquanto que a lei do Antigo Testamento dava instruções e restrições detalhadas para a maior parte das áreas da vida, os crentes hoje não estão ligados à aliança de Deus com Israel - fomos libertos em Cristo. Mas como saber o que fazer com a nossa liberdade?

Ao longo da minha vida somente, a igreja lutou com uma vasta variedade de questões práticas sobre como os cristãos deveriam viver. Devem os cristãos dançar? Devem fumar ou beber? Devem os homens e as mulheres nadar juntos? Podem as mulheres usar maquilhagem? Podem as pessoas trabalhar aos Domingos? Devem as mulheres trabalhar? Será que os cristãos podem ir ao cinema e a concertos? Podem ver TV? Devem os cristãis enviar os seus filhos para escolas públicas, ou para escolas privadas? Podem os cristãos jogar? E podem tatuar o seu corpo?

É necessário?

Quando nos deparamos com uma das áreas cinzentas da vida, uma forma de determinar o que devemos fazer é perguntarmo-nos, “Eu preciso disto?” É isto - seja um objeto, um hobbie, atividade, ou entretenimento - benéfico para mim, ou é excesso de bagagem?

Hebreus 12.1 dá aos cristãos instruções claras para “eliminar tudo que nos impede de prosseguir e o pecado que nos assedia, corramos com perseverança a corrida que nos está proposta.” A palavra Grega para “tudo o que nos impede” significa peso e pode ser qualquer coisa que nos distrai do nosso foco ou energia da tarefa que tenhamos em mãos. Como povo de Deus que somos devemos correr a carreira que está diante de nós com excelência. Não poderemos fazer isso se tivermos peso que nos puxa para baixo com objetivos mundanos ou distrações.

É proveitoso?

Em 1 Coríntios 6.12 Paulo escreve: “Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas são proveitosas.”. Muitos crentes usaram a primeira parte da afirmação de Paulo como uma licença para usarem da sua liberdade, mas não entenderam a questão.

A questão nunca deveria ser “O que me é permitido fazer?”, mas “O que é proveitoso eu fazer?”. Sempre que se deparar com uma questão de liberdade Cristã, cada crente precisa perguntar-se a si mesmo se envolver-se nessa atividade irá transformá-lo num melhor servo do Senhor. Irá aumentar a sua eficiência como crente? Se a resposta não é sim, então porque deveria fazê-lo?

Assemelha-se a Cristo?

Um terceiro princípio ajuda-nos a ter um olhar amplo sobre a forma como exercemos a nossa liberdade. 1 Jo 2.6 diz: “Quem afirma estar nele também deve andar como ele andou.” Como crentes, sabemos como as nossas vidas devem imitar Jesus - até na forma como vivemos as áreas cinzentas.

Quando chega a altura de se tomarem decisões complicadas sobre como exercer a nossa liberdade, é sempre bom perguntarmo-nos “É isto que Cristo faria?”. Um exame honesto do assunto com essa perspectiva deveria afastar-nos de quaisquer desejos e tendências pessoais, e ajudar-nos a tomar decisões que honrem Deus, que reflitam a pessoa e obra de Cristo em cada faceta das nossas vidas.

É um bom testemunho?

Outra questão importante para nos colocarmos é “Como isto afetará o meu testemunho?”. Colossenses 4.5 diz: “Comportai-vos com sabedoria para com os de fora, aproveitando bem cada oportunidade.”. Por outras palavras, os crentes precisam considerar sabiamente como se comportam, e como o seu comportamento impacta o seu testemunho. Como vivemos - particularmente nas áreas cinzentas - modela a forma como o mundo nos avalia a nós, à nossa fé, e em última análise, o nosso Senhor. Está o seu comportamento a fortalecer o seu testemunho para o mundo exterior? Será que o seu estilo de vida adorna o evangelho, ou é um obstáculo?

É edificante?

E não é apenas uma questão de como o exercício da nossa liberdade impacta outros - também precisamos considerar que impacto tem sobre nós. Precisamos regularmente colocar a questão “Será que isto me acrescenta alguma coisa?”. Em 1 Coríntios 10.23 Paulo expande a sua exortação anterior com estas palavras: “Todas as coisas são permitidas, mas nem todas são proveitosas. Todas as coisas são permitidas, mas nem todas são edificantes.” Cada um de nós precisa perguntar-se a si mesmo se cada atividade, entretenimento, hobby, ou diversão terá um efeito positivo ou negativo no seu crescimento espiritual. Uma avaliação honesta sobre o que podemos ganhar - bem como sobre o que podemos perder - deve acompanhar-nos em todas as decisões em áreas cinzentas.

Glorifica a Deus?

Finalmente, precisamos colocar a questão a nós mesmos “Fazendo isto Cristo será glorificado?”. Num sentido o princípio da exaltação caminha ao lado das outras, trazendo o elemento mais básico da vida cristã. Esta vida não é “o nosso tempo” para fazermos o que quisermos. Como Paulo escreve em 1 Coríntios 10.31: “Portanto, seja comendo, seja bebendo, seja fazendo qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”.

Este versículo bem conhecido é uma passagem marcante de 1 Coríntios - que quero examinar convosco em maior detalhe nos próximos dias. Nela, Paulo explica os limites da liberdade em Cristo, e como deve ser usada e governada para o nosso benefício, bem como dos outros. As suas instruções práticas são aplicáveis e úteis para cada cristão, e atuais para a igreja hoje.

Tradução: Joel Lopes

fonte: http://www.gty.org/blog/B140924/the-limits-of-liberty

 
 
 

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